COMO COMEÇOU O MEU MINISTÉRIO
Muito cedo, entrei no
Seminário da Igreja Católica Apostólica Romana em S. Vicente, onde permaneci 4
anos, e durante esse tempo procurei pôr em prática tudo
aquilo que eu aprendia com os livros, com os meus professores e com as
práticas da Igreja.
Alguns anos mais tarde,
fui enviado pelo meu superior hierárquico à ilha de Fogo, pastoreando
um ano e meio. Durante esse tempo procurei com toda a força do meu
íntimo, transmitir às pessoas que iam à greja tudo quanto eu tinha
aprendido sobre a fé ensinada pela Igreja Católica, sem contudo ter
tido uma experiência profunda com o Salvador Jesus Cristo. O meu
coração era oco e consequentemente triste!
Já em 2000, fui enviado
pela autoridade eclesiástica a Portugal para dar início à formação
teológica dentro da Igreja, fechado em Cabanas de Viriato. Depois desse
doloroso período, fui enviado à cidade
do Porto, onde permaneci o
tempo suficiente para completar a minha formação. Em Portugal fiz a minha consagração perante
toda aquela comunidade de Cabanas de
Viriato, como Missionário... Depois de ter terminado a minha
formação Religiosa, chegou o momento de voltar para Cabo Verde a fim de
trabalhar na missão.
Em 2008, decidi fazer o
inimaginável para alguns: Pedi a minha demissão em virtude de
não concordar com algumas práticas da Igreja Católica e sua
administração, mas não aceitaram o meu pedido.
Enviaram-me novamente
para S. Lourenço, ilha do Fogo, e ali procurei pôr em prática tudo
quanto eu tinha aprendido, mas as minhas lutas e desilusões eram tantas!
Eu precisava de algo mais do que a religião. Nunca enfrentei momento
de Calvário igual! Eu estava à procura da felicidade apesar de
muito cedo ter sido um defensor acérrimo da doutrina da religião
Católica, e das suas práticas.
Em 2010, fui enviado a
São Vicente só por um ano. O povo daquela terra vendo o meu trabalho que
era diferente dos outros que passaram por ali resolveram fazer um
abaixo assinado para que o meu superior concedesse mais um ano a trabalhar
naquela Igreja, mas o pedido não foi aceite porque eu já estava
destinado para o Tarrafal de S. Nicolau, e no fim de seis meses, senti que
já não devia continuar com o meu encargo, porque eu não tinha
descoberto a felicidade que tanto procurava. Sabia que muita gente ia
perguntar-me a razão da minha decisão, mas, o facto é que em muitas
encruzilhadas da vida não podemos agradar nem a Gregos nem a Troianos, mas sim
ao nosso Criador que merece toda atenção e respeito. O que estava em
causa era de facto a conquista da minha felicidade, depois de ter
batido mesmo no fundo. Ao chegar ao porto da Brava, uma Sra. que eu
não conhecia, tendo o pleno conhecimento da minha situação, disse-me:
“ Vais ouvir muitos comentários em virtude da tua decisão, mas
confia somente no teu Deus!” Tenho um outro amigo por nome de Aires da
Lomba. Ele é homem sóbrio! Aprendi muito com ele quando eu precisava de
orientações nas encruzilhadas em que me encontrava. O amigo Aires
da Lomba realmente foi instrumentalizado por Deus. Ele sugeria-me
muitas vezes, a escrever um livro que me permitiria informar as
pessoas da razão do pedido da minha demissão da Igreja Católica. Apesar
dele ter sido quando jovem um Católico não praticante, ele
ensinou-me a ver a vida com outros olhos permitindo-me analisar a minha situação
em todas suas vertentes. Na impossibilidade de escrever tudo o que
esteja relacionado com esse grande amigo, fico por aqui dizendo-lhe um
grande obrigado! E a Deus que o elucidou!
Em 2011, regressei à
minha terra Natal. Como diz a Bíblia, nenhum
profeta é bem recebido em
sua própria terra. Digo isto com muita mágoa, porque as pessoas
em vez de me pedirem as razões pelas
quais eu me demiti da Igreja
Católica, comentavam entre si com muito má fé.
Como se tivesse cometido
um crime! Tenho consciência das minhas falhas, mas penso que só
Deus tem o poder e o direito de julgar os homens. Pois afinal
debaixo da laje, está escrito: “Todos pecaram”. As justiças dos homens,
muitas vezes são efémeras, mas a de Deus é perfeita e justa. Daí que
devemos ter muito cuidado em apontar o dedo acusador a um irmão. Como
o adágio popular diz, “ quem tem as janelas de vidro não deve partir
as do seu próximo.
Estive fechado 3 meses no
quarto, sem poder sair para não me
cruzar com pessoas que entre
elas se interrogavam acerca da razão da minha saida da Igreja Catolica.
Perguntava a mim mesmo: Que fazer da minhavida? Foi na escuridão do
meu quarto e do meu interior que Deus fez brilhar em mim a luz da
Sua presença, através de uma visita oportuna
do Pastor Rev. Daniel
Duarte, Pastor Ezequiel, Pastora Zelinda os irmãos do Ministério Vida
que se encontram nos Estados Unidos. Foi uma visita que me deixou
profundas recordações! As palavras que eles me dirigiam eram palavras
inspiradas pelo Espírito Santo - palavras convincentes - palavras
de amor fé e esperança e que me permitiam entender Deus segundo a
Bíblia - a única regra de fé. O meu encontrocom o Verdadeiro Deus
naquele dia foi fatal! Esses homens de Deus convidaram-me para ir à
Igreja do Nazareno, e então fui, e ali aconteceu o que eu não
esperava! Fui recebido com amor genuíno por todos membros da Igreja
de Nova Sintra e pelos seus pastores.
O ambiente era a meu favor! O Espírito Santo de Deus, falava comigo e bem cedo entendi que a Igreja do Nazareno apregoa o que está escrito na Bíblia e nada mais.
O pároco daquela ilha quando soube que eu fui à Igreja do Nazareno, no dia seguinte foi ter comigo no sentido de eu pensar melhor em relação a minha decisão. Eu disse-lhe que a mensagem que eu ouvia na Igreja do Nazarena era a mesma que eu ouvira na Igreja Católica. O facto é que a minha decisão já estava feita pelaorientação divina. O que mais desejo é estar aos pés do Senhor Jesus para mais aprender d’Ele e que a minha felicidade seja completa em todas as suas vertentes.
JOSÉ GOMES O ambiente era a meu favor! O Espírito Santo de Deus, falava comigo e bem cedo entendi que a Igreja do Nazareno apregoa o que está escrito na Bíblia e nada mais.
O pároco daquela ilha quando soube que eu fui à Igreja do Nazareno, no dia seguinte foi ter comigo no sentido de eu pensar melhor em relação a minha decisão. Eu disse-lhe que a mensagem que eu ouvia na Igreja do Nazarena era a mesma que eu ouvira na Igreja Católica. O facto é que a minha decisão já estava feita pelaorientação divina. O que mais desejo é estar aos pés do Senhor Jesus para mais aprender d’Ele e que a minha felicidade seja completa em todas as suas vertentes.
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